Turismo de Natureza
É indiscutível e aceitável que a Região tem de se impor nos mercados internacionais de turismo como destino de natureza por excelência.
Não temos outros recursos naturais para oferecer sem ser o mar que nos rodeia, e a terra magnífica que nos dotou de uma panorâmica natural de invulgar beleza.
E esta combinação terra/mar potencia essencialmente o turismo ecológico e cultural. É este o caminho para o sucesso do turismo nos Açores. Não há que buscar outro.
O mar dá-nos dimensão que a terra não tem e a oportunidade para a observação de cetáceos, fundos marinhos e uma variedade de peixes, bem como proporciona uma interessante animação náutica e bons banhos no verão.
A terra para além das bonitas lagoas, infelizmente algumas em elevado estado de eutrofização, proporciona bons trilhos para observação da natureza, de forma especial fenómenos vulcânicos, e vistas deslumbrantes onde o verde dos campos se liga com o azul do mar. Em S. Miguel estão já identificados 50 geo-monumentos (estruturas geológicas raras) de enorme interesse e potencial turístico.
O mar e a terra aliados a um património cultural e etnográfico de grande valia formam o produto natural dos Açores. Este é que tem de ser promovido no exterior.
Mas paralelamente é preciso fazer um enorme esforço na sua preservação e defesa, para o podermos potenciar, mormente no exterior.
Foi isto que nos vieram confirmar (como se não soubéssemos!) um conjunto de especialistas que participaram na reunião da Rede do Atlântico Este de Reservas da Biosfera (REDBIOS).
É preciso é certificar este património natural de reserva da Biosfera, aconselharam estes especialistas. A certificação vai contribuir para a diferenciação do produto Açores no exterior, quando comparado com outros destinos turísticos concorrentes.
Não nos interessa o turismo massificado e agressor de outros lados e de outros segmentos. Há que concentrar esforços neste segmento de turismo de natureza.
Mas tem de haver muito trabalho entre a população, o governo e os agentes turísticos.
Todos têm de saber para onde vamos e o que queremos. As autarquias não podem estar dissociadas do governo e vice-versa. Há que haver uma conjugação e coordenação de esforços que tarda em aparecer. Vive-se ainda de muitas acções voluntariosas e isoladas, com efeitos muito modestos ou até nulos. Mas com custos elevados para o contribuinte.
O sector dos serviços tem de ser melhorado para potenciar este produto. Os agentes têm um papel relevante no aperfeiçoamento dos serviços existentes e na identificação de outras oportunidades de negócio para novos investimentos. Assiste-se a uma terciarização da economia dos Açores sem precedentes, o que é salutar e desejável.
Mas a natureza maravilhosa que temos implica conservação constante e mudanças de atitude de todos os agentes económicos: públicos e privados.
O produto Açores deve vingar pela diferenciação. Os Açores têm de ser um destino único, no contexto europeu e americano. Pode ser divulgado como o “último paraíso” da Europa.
Neste contexto, que deve ser o produto Açores, não se enquadram projectos públicos megalómanos como o Portas do Mar, ou até unidades hoteleiras, que nada têm a ver com as ilhas e são unidades iguais às existentes em outros pontos turísticos do globo. E os Açores têm de ser diferentes até nos hotéis.
As vias rápidas na modalidade de SCUT não se enquadram também no produto Açores. Como estas há vias por toda a Europa e América. As estradas dos Açores devem ser diferentes. E são se mantivermos as existentes a partir da Ribeira Grande na costa norte e a partir da Lagoa na costa sul. Compreende-se da necessidade de vias rápidas no triângulo Ponta Delgada, Lagoa e Ribeira Grande. A partir daí não se justifica, nem é aconselhável para preservar o produto Açores, “natureza viva”.
Fora do referido triângulo as estradas são de uma beleza invulgar, floridas e arborizadas, deixando antever maravilhosas paisagens onde a pastagem verde salpicada de animais branco e preto contrasta com o azul do mar. São as hortenses, as azáleas, as conteiras, os agapantos e as beladonas que ladeiam estas estradas. Destruir isto é inaceitável. É um erro que vamos pagar caro no futuro.
Não temos outros recursos naturais para oferecer sem ser o mar que nos rodeia, e a terra magnífica que nos dotou de uma panorâmica natural de invulgar beleza.
E esta combinação terra/mar potencia essencialmente o turismo ecológico e cultural. É este o caminho para o sucesso do turismo nos Açores. Não há que buscar outro.
O mar dá-nos dimensão que a terra não tem e a oportunidade para a observação de cetáceos, fundos marinhos e uma variedade de peixes, bem como proporciona uma interessante animação náutica e bons banhos no verão.
A terra para além das bonitas lagoas, infelizmente algumas em elevado estado de eutrofização, proporciona bons trilhos para observação da natureza, de forma especial fenómenos vulcânicos, e vistas deslumbrantes onde o verde dos campos se liga com o azul do mar. Em S. Miguel estão já identificados 50 geo-monumentos (estruturas geológicas raras) de enorme interesse e potencial turístico.
O mar e a terra aliados a um património cultural e etnográfico de grande valia formam o produto natural dos Açores. Este é que tem de ser promovido no exterior.
Mas paralelamente é preciso fazer um enorme esforço na sua preservação e defesa, para o podermos potenciar, mormente no exterior.
Foi isto que nos vieram confirmar (como se não soubéssemos!) um conjunto de especialistas que participaram na reunião da Rede do Atlântico Este de Reservas da Biosfera (REDBIOS).
É preciso é certificar este património natural de reserva da Biosfera, aconselharam estes especialistas. A certificação vai contribuir para a diferenciação do produto Açores no exterior, quando comparado com outros destinos turísticos concorrentes.
Não nos interessa o turismo massificado e agressor de outros lados e de outros segmentos. Há que concentrar esforços neste segmento de turismo de natureza.
Mas tem de haver muito trabalho entre a população, o governo e os agentes turísticos.
Todos têm de saber para onde vamos e o que queremos. As autarquias não podem estar dissociadas do governo e vice-versa. Há que haver uma conjugação e coordenação de esforços que tarda em aparecer. Vive-se ainda de muitas acções voluntariosas e isoladas, com efeitos muito modestos ou até nulos. Mas com custos elevados para o contribuinte.
O sector dos serviços tem de ser melhorado para potenciar este produto. Os agentes têm um papel relevante no aperfeiçoamento dos serviços existentes e na identificação de outras oportunidades de negócio para novos investimentos. Assiste-se a uma terciarização da economia dos Açores sem precedentes, o que é salutar e desejável.
Mas a natureza maravilhosa que temos implica conservação constante e mudanças de atitude de todos os agentes económicos: públicos e privados.
O produto Açores deve vingar pela diferenciação. Os Açores têm de ser um destino único, no contexto europeu e americano. Pode ser divulgado como o “último paraíso” da Europa.
Neste contexto, que deve ser o produto Açores, não se enquadram projectos públicos megalómanos como o Portas do Mar, ou até unidades hoteleiras, que nada têm a ver com as ilhas e são unidades iguais às existentes em outros pontos turísticos do globo. E os Açores têm de ser diferentes até nos hotéis.
As vias rápidas na modalidade de SCUT não se enquadram também no produto Açores. Como estas há vias por toda a Europa e América. As estradas dos Açores devem ser diferentes. E são se mantivermos as existentes a partir da Ribeira Grande na costa norte e a partir da Lagoa na costa sul. Compreende-se da necessidade de vias rápidas no triângulo Ponta Delgada, Lagoa e Ribeira Grande. A partir daí não se justifica, nem é aconselhável para preservar o produto Açores, “natureza viva”.
Fora do referido triângulo as estradas são de uma beleza invulgar, floridas e arborizadas, deixando antever maravilhosas paisagens onde a pastagem verde salpicada de animais branco e preto contrasta com o azul do mar. São as hortenses, as azáleas, as conteiras, os agapantos e as beladonas que ladeiam estas estradas. Destruir isto é inaceitável. É um erro que vamos pagar caro no futuro.
1 Comments:
Concordo plenamente com tudo aquilo que disseste, vivo em São Miguel, adoro a minha ilha e não a trocaria por nada,a não ser que chegue a hora, nunca se sabe o que pode acontecer.
De vez em quando é preciso alertas para este tipo de coisas!
Enviar um comentário
<< Home