Repondo a Verdade
A política é feia, quando há políticos demagógicos. E ainda pior quando há desonestidade intelectual, em prol de uma onda laicista e jacobina. É o que se vem verificando nos Açores.
Enquanto decorre a onda festivaleira em todos os concelhos dos Açores, numa demonstração de enorme irresponsabilidade e injustiça, gastando-se milhões de euros (estimativa de 15 milhões), sem contrapartidas visíveis, a não ser lazer e prazer de alguns e protagonismo de outros, o presidente César resolve atacar e achincalhar as IPSS, injustamente, e envolvendo no mesmo saco todas elas.
Afirma que é necessário uma política de rigor e responsabilização dos recursos, melhor gestão, maior esforço financeiro das IPSS e diz que há IPSS que pagam senhas de presença aos seus directores, supostamente voluntários, aquando da realização de reuniões. E finaliza dizendo que é preciso redefinir o conceito de voluntariado e que o governo não é saco sem fundo.
São afirmações lamentáveis e levianas de um político, que é presidente do governo, que deve ter mais respeito pelas IPSS e pelo trabalho importante que desenvolvem nos Açores.
É injusto e deselegante envolver todas as IPSS em afirmações desta natureza, deixando no ar a ideia de que nas IPSS reina a bagunça. Se o presidente César tem conhecimento destas situações, deve, com coragem, denunciar as IPSS que assim procedem, ou até mandar fiscalizar as que gerem mal os recursos públicos, diferenciando estas das outras que, séria e dinamicamente, trabalham e substituem o governo em muitas áreas da sua exclusiva competência, e no âmbito de Acordos de Cooperação de natureza financeira. Trata-se evidentemente de uma manobra de diversão, usando e manipulando as IPSS.
O presidente César afirma que se preocupa com a gestão das IPSS, mas primeiramente deve é preocupar-se com a gestão do seu governo.
O Governo Regional durante o ano de 2003, “não cumpriu normas sobre matérias de índole administrativa e financeira, traduzindo-se essas em irregularidades administrativas e em factos susceptíveis de constituírem infracção financeira”. A afirmação consta de uma auditoria da secção regional dos Açores do Tribunal de Contas (TC), no âmbito do Parecer sobre a Conta da Região de 2003. Os juizes do Tribunal de Contas dos Açores concluíram ainda que “as despesas de representação e gratificação auditadas somavam mais de 897 mil euros, “sendo a Secretaria Regional de Economia a responsável pelo maior volume financeiro(45,8%)”. E que a criação de novas empresas e o aumento na concessão de avales superior a 30%, representam evidentes “práticas de desorçamentação” e de uma postura de “desresponsabilização”.
Trata-se de um parecer arrasador de uma entidade independente, o Tribunal de Contas, que revela uma péssima gestão do erário público. Pelos visto quem necessita gerir com mais rigor e responsabilidade é de facto o governo regional, presidido por Carlos César. Que pelos vistos não se preocupa também com os milhões que são entregues a equipas de futebol a coberto de uma promoção (ou será despromoção?) dos Açores, com gestões danosas, de gestores incompetentes, e cujas dívidas são discutidas na praça pública, envolvendo dinheiros públicos.
Não se preocupa com as mais de 2.000 crianças em risco nos Açores. Com o funcionamento do Tribunal de Família e Menores, que não despacha os processos de centenas de crianças acolhidas, ou com a falta de meios das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens.
Não se preocupa com a toxidependência que grassa a olhos vistos nesta terra, mormente junto dos adolescentes. Com os 5.000 açorianos dependentes de drogas ilícitas.
Com o alcoolismo que está a corroer a sociedade açoriana, promovendo a violência e a criminalidade. São mais de 30.000 açorianos dependentes do álcool.
Com os 16.000 beneficiários do Rendimento Social de Inserção que vivem abaixo do limiar da pobreza, satisfazendo apenas as suas necessidades mais básicas, essencialmente as alimentares.
E com as adolescentes açorianas que engravidam, sendo a taxa nos Açores o dobro da nacional. E com as centenas de traficantes de drogas que fazem os seus negócios bem junto às escolas ou nos bairros de miséria.
Não se preocupa com as bolsas de miséria que abundam na ilha de S. Miguel. Nem com os idosos em lista de espera para uma simples consulta médica. Preocupa-se, injustificadamente, com a gestão das IPSS, que devem merecer o maior respeito pelo trabalho que desenvolvem, exactamente juntos dos carenciados e dos desprotegidos dos Açores. Política feia, a quanto obrigas!
Enquanto decorre a onda festivaleira em todos os concelhos dos Açores, numa demonstração de enorme irresponsabilidade e injustiça, gastando-se milhões de euros (estimativa de 15 milhões), sem contrapartidas visíveis, a não ser lazer e prazer de alguns e protagonismo de outros, o presidente César resolve atacar e achincalhar as IPSS, injustamente, e envolvendo no mesmo saco todas elas.
Afirma que é necessário uma política de rigor e responsabilização dos recursos, melhor gestão, maior esforço financeiro das IPSS e diz que há IPSS que pagam senhas de presença aos seus directores, supostamente voluntários, aquando da realização de reuniões. E finaliza dizendo que é preciso redefinir o conceito de voluntariado e que o governo não é saco sem fundo.
São afirmações lamentáveis e levianas de um político, que é presidente do governo, que deve ter mais respeito pelas IPSS e pelo trabalho importante que desenvolvem nos Açores.
É injusto e deselegante envolver todas as IPSS em afirmações desta natureza, deixando no ar a ideia de que nas IPSS reina a bagunça. Se o presidente César tem conhecimento destas situações, deve, com coragem, denunciar as IPSS que assim procedem, ou até mandar fiscalizar as que gerem mal os recursos públicos, diferenciando estas das outras que, séria e dinamicamente, trabalham e substituem o governo em muitas áreas da sua exclusiva competência, e no âmbito de Acordos de Cooperação de natureza financeira. Trata-se evidentemente de uma manobra de diversão, usando e manipulando as IPSS.
O presidente César afirma que se preocupa com a gestão das IPSS, mas primeiramente deve é preocupar-se com a gestão do seu governo.
O Governo Regional durante o ano de 2003, “não cumpriu normas sobre matérias de índole administrativa e financeira, traduzindo-se essas em irregularidades administrativas e em factos susceptíveis de constituírem infracção financeira”. A afirmação consta de uma auditoria da secção regional dos Açores do Tribunal de Contas (TC), no âmbito do Parecer sobre a Conta da Região de 2003. Os juizes do Tribunal de Contas dos Açores concluíram ainda que “as despesas de representação e gratificação auditadas somavam mais de 897 mil euros, “sendo a Secretaria Regional de Economia a responsável pelo maior volume financeiro(45,8%)”. E que a criação de novas empresas e o aumento na concessão de avales superior a 30%, representam evidentes “práticas de desorçamentação” e de uma postura de “desresponsabilização”.
Trata-se de um parecer arrasador de uma entidade independente, o Tribunal de Contas, que revela uma péssima gestão do erário público. Pelos visto quem necessita gerir com mais rigor e responsabilidade é de facto o governo regional, presidido por Carlos César. Que pelos vistos não se preocupa também com os milhões que são entregues a equipas de futebol a coberto de uma promoção (ou será despromoção?) dos Açores, com gestões danosas, de gestores incompetentes, e cujas dívidas são discutidas na praça pública, envolvendo dinheiros públicos.
Não se preocupa com as mais de 2.000 crianças em risco nos Açores. Com o funcionamento do Tribunal de Família e Menores, que não despacha os processos de centenas de crianças acolhidas, ou com a falta de meios das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens.
Não se preocupa com a toxidependência que grassa a olhos vistos nesta terra, mormente junto dos adolescentes. Com os 5.000 açorianos dependentes de drogas ilícitas.
Com o alcoolismo que está a corroer a sociedade açoriana, promovendo a violência e a criminalidade. São mais de 30.000 açorianos dependentes do álcool.
Com os 16.000 beneficiários do Rendimento Social de Inserção que vivem abaixo do limiar da pobreza, satisfazendo apenas as suas necessidades mais básicas, essencialmente as alimentares.
E com as adolescentes açorianas que engravidam, sendo a taxa nos Açores o dobro da nacional. E com as centenas de traficantes de drogas que fazem os seus negócios bem junto às escolas ou nos bairros de miséria.
Não se preocupa com as bolsas de miséria que abundam na ilha de S. Miguel. Nem com os idosos em lista de espera para uma simples consulta médica. Preocupa-se, injustificadamente, com a gestão das IPSS, que devem merecer o maior respeito pelo trabalho que desenvolvem, exactamente juntos dos carenciados e dos desprotegidos dos Açores. Política feia, a quanto obrigas!
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